24 janeiro 2007

infame verdade ou 'no buraco dos outros é refresco'

Sendo uma infame que preza por sua infamidade eu não poderia passar sem postar essa aqui!
E apesar do tom homofóbico - perdoem - não podia deixar de sugerir o título acima... Foi mais forte que eu.

O choque de gestão foi para o buraco
por Luiz Antônio Magalhães

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) reapareceu ontem para anunciar o seu apoio ao candidato tucano à presidência da Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR). Desta vez, porém, Alckmin preferiu não convocar uma entrevista coletiva e divulgou a sua posição por meio de nota oficial. O candidato derrotado do PSDB à presidência teve tempo para redigir a carta sobre Fruet, mas até agora não disse palavra sobre a tragédia ocorrida no canteiro de obras da linha amarela do Metrô em São Paulo.

Ao que parece, Alckmin pretende ficar longe dos mortos da rua Capri e deixar para o seu sucessor e correligionário José Serra o desgaste que a tragédia certamente vai causar. Para dizer o mínimo, é uma atitude mesquinha. Afinal, Alckmin é o pai da criança e foi durante a sua gestão que o contrato celebrado entre o consórcio de empreiteiras e o governo do Estado foi assinado. O mínimo que se espera de alguém com hombridade para assumir responsabilidades é que pelo menos dê a sua versão sobre o acontecimento.
O problema, porém, não se restringe à figura do ex-governador. É todo um discurso e um jeito de governar que foi soterrado junto com os corpos de inocentes na rua Capri. Não se trata aqui de questionar a culpa ou a responsabilidade pela tragédia – que serão esclarecidas ao fim das investigações já em curso –, mas observar a distância entre o que dizem os políticos do PSDB e a realidade dos fatos. Durante a campanha do ano passado, Alckmin tentou vender a imagem do bom gerente, do líder capaz de fazer o país acelerar sem mudar a política econômica, aplicando o tal “choque de gestão” e implantando “modernas” técnicas gerenciais na administração pública, como se os problemas nacionais se restringissem a tecnicalidades e não fossem de natureza estrutural e, portanto, política.
O choque de gestão do tucanato ficou explícito no desmoronamento da rua Capri: falta de plano de emergência, imprudência, total ausência de fiscalização do poder público na obra e, até agora, 6 mortes confirmadas. Junto com os ataques do PCC em 15 de maio, a cratera da rua Capri já é um símbolo do desgoverno do PSDB em São Paulo.

Fonte : Correio da Cidadania

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