27 maio 2007

'Lodjinia do Salim' e 'Desejos...Saiba fazê-los'


enviado por Iara e Aurides Vilela


Na lodjinia do Salim...
Um cara engravatado entra na lojinha do Salim (primo do Mohamed), na Rua 25 de Março (SP), e olha com desprezo para o balcão escuro, as roupas penduradas em ganchos e o chão de tacos de madeira velho e sem brilho.
O Salim se irrita com o desprezo do sujeito, e resmunga:
- Está olhando feio bra lodjinia de Salim Burque? Com este lodjinia, Salim tem abartamento na Ipanema, tem casa na Búzios, casa na Cambos da Jordão, tem casa no Riviera da Zão Lourenzo, tem abartamento no Beirute, tem filho estuda medicina na Estados Unidos, tem filha estuda moda na Baris, tudo só com lodjinia!
O sujeito vira e diz:
- O senhor sabe quem eu sou? Eu sou fiscal do Imposto de Renda!
- Muito brazer! Eu Salim, maior filho do buta, mentiroso do rua 25 de Março!








Um homem entra num restaurante com uma avestruz atrás dele.A garçonete pergunta o que querem.
- Um hambúrguer, batatas fritas e uma coca.
E vira-se para a avestruz:
- E você, o que vai querer?
- Eu quero o mesmo, responde a avestruz.
Um tempo depois a garçonete traz o pedido e a conta no valor de R$32,50. O homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta.
No dia seguinte o homem e a avestruz retornam e o homem diz:
- Um hambúrguer, batatas fritas e uma coca. E vira-se para a avestruz:
- E você, o que vai querer?
- Eu quero o mesmo, responde a avestruz.
De novo o homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta.
Isto se torna uma rotina até que um dia a garçonete pergunta:
- Vão querer o mesmo?
- Não, hoje é sexta e eu quero um filé à francesa com salada, diz o homem.
- Eu quero o mesmo, diz a avestruz.
Após trazer o pedido, a garçonete trás a conta e diz:
- Hoje são R$87,60.
O homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta, colocando em cima da mesa. A garçonete não controla a sua curiosidade e pergunta:
- Desculpe, senhor, mas como o senhor faz para Ter sempre o valor exato a ser pago?
E o homem responde :
- Há alguns anos atrás eu achei uma lâmpada velha e quando a esfregava, para limpar, apareceu um gênio e me ofereceu 2 desejos. Meu 1º desejo foi que eu tivesse sempre no bolso o dinheiro que precisasse para pagar o que eu quisesse.
- Que idéia brilhante! - falou a garçonete. A maioria das pessoas deseja ter um grande valor em mãos ou algo assim. Mas o senhor vai ser tão rico quanto quiser, enquanto viver !
- É verdade, tanto faz se eu for pagar um litro de leite ou um Mercedes, tenho sempre o valor necessário no bolso - respondeu o homem.
E a garçonete perguntou :
- Agora, o senhor pode me explicar a avestruz?
O homem faz uma pausa, suspira e responde:
- O meu 2º desejo foi ter como companhia alguém com uma bunda grande, pernas compridas e que concordasse comigo em tudo.

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22 maio 2007

DesEmenda


Amanhã, 23 de maio, o movimeto sindical e os movimentos sociais mobilizarão trabalhadoras e trabalhadores em todo o país para manifestações públicas contra a emenda 3, contra os projetos de lei que extinguem o direito de greve, em defesa da previdência pública e universal, da reforma agrária e da política agrária, pela educação pública.
A emenda 3 arrebenta com os direitos trabalhistas ao legalizar e instituir uma nova relação entre empresários e trabalhadores passando estes últimos à categoria de prestadores de serviço (micro-empresas ambulantes, pseudo-empreendedores de si mesmo) destituidos de quaisquer direitos : FGTS, vale-refeição, vale-transporte, 13. salário, férias, etc.
Rauzito ficou ultrapassado : "a solução é alugar o Brasil ... 'nós não vamos pagar nada! é tudo free'...'vamo embora dar lugar pros gringo entrar, porque esse imóvel tá pra alugar ". Alugam-se não mais os imóveis, que foram vendidos a preço de banana com dinheiro emprestado por nós mesmos e com parcelamento à perder de vista; alugam-se trabalhadoras e trabalhadores!!!
Mas informações no site da CUT

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14 maio 2007

... e aí ?!

de Cesar Cardoso

...tá gostando de fazer? Você imaginava que ia ser assim, ou esperava de outro jeito? Sei lá tem tanto jeito, não é mesmo? Tem gente que faz de trás pra frente, tem gente que prefere de baixo pra cima... Agora, seja lá quem for, eu acho que todo mundo imagina antes como vai ser. Você concorda comigo?
Mas e nós, vamos dar uma paradinha ou você quer ir logo adiante? Posso dar uma sugestão? Vamos dar uma paradinha, agora. Depois a gente recomeça tudo de novo. É tão gostoso. E nunca é a mesma coisa, nunca é do zero que a gente recomeça, você não acha? Pelo menos comigo é assim, eu acho esse jeito prazeroso e várias vezes eu vou por esse caminho.
Mas a gente também pode ir de uma vez sem parar num fôlego só sem vírgula. Também é legal. A verdade é que não tem regra, nem lei, não é? Bom, no começo até tem, mas depois a gente pode largar isso de mão e vai no improviso, que nem músico de jazz. Ensinam a gente – quando ensinam – que tem que ser assim ou assado. Mas é tudo conversa fiada. Eu faço de várias formas e quanto mais formas eu descubro melhor fica. Às vezes tem uma maneira lá que é ótima e eu me deixo um bom tempo só com ela, numa espécie de apaixonamento. Depois eu mudo de novo e um dia qualquer me lembro daquele jeito e faço ele outra vez, para matar as saudades. E depois... e depois.. e depois...
Enfim, eu? Pra mim tanto faz desde que faça tanto. Faço deitado, faço de pé, sentado, na cama, no chão, no sofá, na mesa da sala, rapidinho no elevador, no carro estacionado numa rua erma, num ônibus interestadual cortando a noite numa estrada qualquer, no banheiro de uma festa na casa de amigos, até numa cabine 24 horas eu já fiz. O negócio é se concentrar e daí dá pra fazer na arquibancada do Maracanã em dia de Fla-Flu ou na Catedral Metropolitana durante a missa do galo. Você concorda comigo? Experimenta, deixa a vergonha pra lá, é legal. No começo a gente fica sem jeito, vai subindo aquele calor pelo rosto com as pessoas te vendo e te escutando, mas depois é relaxar e curtir. E repetir sempre que possível.
Pensar que tanta gente no mundo não pode fazer, que absurdo! As mulheres, como sempre, foram as mais prejudicadas por essas proibições. Na Idade Média, então, eram capazes de ir para fogueira se os padres a encontrassem fazendo. Ou mesmo se descobrissem simplesmente que elas sabiam fazer. Queriam só pra eles...
Você lembra da primeira vez? De como começou? É uma sensação que a gente leva pra sempre, mesmo recordando de todas as dificuldades, não acha? E pensar que nunca mais, nunca mais a gente vai deixar de fazer. Mesmo agora....
Tem poucos pra zeres no mundo que se igualam a esse. Bom, mas é que é tão gostoso, chega de falatório, não é mesmo? Vamos continuar fazendo, vamos?
(Na verdade eu já fiz antes de você, afinal eu sou o autor deste texto. Mas e você, que está chegando aqui pela primeira vez, me diga : ler é ou não é um tesão?)

*Cesar Cardoso é escritor.
Texto publicado na Revista Caros Amigos de fevereiro de 2007.

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06 maio 2007

...

Pelo primeiro dia do trabalho na condição de trabalhadora (apesar da precarização do vínculo), pra cantar ajudando seu A... e dona C... a subir, porque tá tocando no rádio do meu coração esses dias...












Flávio José
Nordestino Lutador

Quero cantar o mundo todo em poesia
Na melodia que o destino vem me dar
Passar o tempo declamando o pobre coração
Que bate conversando sem falar
Quero ver o povo dessa terra
Que berra, pra ter o pão
Quero ver o fruto desse chão
Quero ver o tempo melhorar
Tudo que eu pedir
tudo que eu sonhar
Tudo que eu puder viver
Quero dividir
Quero ter pra dar
Tudo que eu tiver de ter

Eu quero xote
Quero um chêro no cangote
Quero paz e quero sorte
Eu sou um cantador
Chegou a hora de cantar
Eu vou mimbora
Tô pensando que agora eu tenho mais valor

Eu tenho esse sonho maluco
Eu não quero virar suco seu Dotô
Quero as rédeas do meu distino
Eu também sou nordetino, lutador

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