31 janeiro 2007

universo no teu corpo

Porque deu vontade...



'Em Tupi-Guarani, o nome Taiguara significa "Livre, Forro, Senhor de si".'
Mais em imyira-taigura-ipy

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29 janeiro 2007

Chegança

Em Olinda e Recife o carnaval já começou e segundo cálculos complexos constata-se que só acaba ano que vem. Ou seja, não acaba. Se emenda com as folias de 2008.
Nessa 'Chegança' de algo que já chegou compartilho duas das muitas pérolas do Quanta Ladeira - bloco, troça, troço ... ou que outro nome queiram dar ... etílico, humorístico, místico, putarístico, satírico e muitos 'icos'/'iricos' mais, que se desorganiza em uma única prévia para desacertar as marchas e não sai aos domingos de Carnaval - acontesse parado mesmo no palco do RecBeat, no bairro do Recife Antigo. Um dos meus preferidos... Lava a alma! Imperdível !!!

INVOCAÇÃO Nº7 (RECIFOLIA)*

AI QUE SAUDADES DO RECIFOLIA
AI QUE SAUDADES DOS VELHOS CARNAVAIS
O LEQUE MOLEQUE, O NANA BANANA ONDE ESTARÃO.
DOS TEMPOS IMORTAIS, QUE JÁ NÃO VOLTAM MAIS.

CADÊ PAGODE, CADÊ MAMÃE SACODE,
DOS TRIOS QUE SAUDAVAM O CAMAROTE DE CADOCA.
MEU ABADÁ CAIU NO ESQUECIMENTO
QUE FALTA QUE EU SINTO DO CORDÃO DE ISOLAMENTO

CIRANDA TÁ DEMAIS (RETRO-HOMENAGEM À REDE GLOBO) **

TÁ DEMAIS, TÁ DEMAIS
A GLOBO TÁ DEMAIS

A REDE GLOBO, QUE JÁ NÃO É MAIS AQUELA
MATOU ROBERTO MARINHO
DE OVERDOSE DE NOVELA

NA REDE GLOBO TÃO FAZENDO UM VIADUTO
QUEM PASSAR POR CIMA É CORNO
QUEM PASSAR POR BAIXO É PUTO

TÁ DEMAIS, TÁ DEMAIS
A GLOBO TÁ DEMAIS

TEM A DAS 5, A DAS 6 E A DAS 7
A DAS 8 E A DAS 9
A DAS 10 E A DAS 11
E NO OUTRO DIA ACORDO COM DOR NO OVO
LIGO A TELEVISÃO
E VALE A PENA VER DE NOVO

TÁ DEMAIS, TÁ DEMAIS
A GLOBO TÁ DEMAIS

Baseadas em:
* Frevo No. 3 do Recife, de Antonio Maria
** Quero Mais, composta por Toinho Alves, Marcelo Melo e Edivaldo Queiroz do Quinteto Violado

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24 janeiro 2007

infame verdade ou 'no buraco dos outros é refresco'

Sendo uma infame que preza por sua infamidade eu não poderia passar sem postar essa aqui!
E apesar do tom homofóbico - perdoem - não podia deixar de sugerir o título acima... Foi mais forte que eu.

O choque de gestão foi para o buraco
por Luiz Antônio Magalhães

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) reapareceu ontem para anunciar o seu apoio ao candidato tucano à presidência da Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR). Desta vez, porém, Alckmin preferiu não convocar uma entrevista coletiva e divulgou a sua posição por meio de nota oficial. O candidato derrotado do PSDB à presidência teve tempo para redigir a carta sobre Fruet, mas até agora não disse palavra sobre a tragédia ocorrida no canteiro de obras da linha amarela do Metrô em São Paulo.

Ao que parece, Alckmin pretende ficar longe dos mortos da rua Capri e deixar para o seu sucessor e correligionário José Serra o desgaste que a tragédia certamente vai causar. Para dizer o mínimo, é uma atitude mesquinha. Afinal, Alckmin é o pai da criança e foi durante a sua gestão que o contrato celebrado entre o consórcio de empreiteiras e o governo do Estado foi assinado. O mínimo que se espera de alguém com hombridade para assumir responsabilidades é que pelo menos dê a sua versão sobre o acontecimento.
O problema, porém, não se restringe à figura do ex-governador. É todo um discurso e um jeito de governar que foi soterrado junto com os corpos de inocentes na rua Capri. Não se trata aqui de questionar a culpa ou a responsabilidade pela tragédia – que serão esclarecidas ao fim das investigações já em curso –, mas observar a distância entre o que dizem os políticos do PSDB e a realidade dos fatos. Durante a campanha do ano passado, Alckmin tentou vender a imagem do bom gerente, do líder capaz de fazer o país acelerar sem mudar a política econômica, aplicando o tal “choque de gestão” e implantando “modernas” técnicas gerenciais na administração pública, como se os problemas nacionais se restringissem a tecnicalidades e não fossem de natureza estrutural e, portanto, política.
O choque de gestão do tucanato ficou explícito no desmoronamento da rua Capri: falta de plano de emergência, imprudência, total ausência de fiscalização do poder público na obra e, até agora, 6 mortes confirmadas. Junto com os ataques do PCC em 15 de maio, a cratera da rua Capri já é um símbolo do desgoverno do PSDB em São Paulo.

Fonte : Correio da Cidadania

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18 janeiro 2007

Mahatma

Mohandas Karamchand Gandhi – Mahatma Gandhi
(1869 – 1948)

"A complexa Teologia Hindu reza que há um único Deus e este se apresenta em 3 formas: Brahma, o Criador; Shiva, o Destruidor (sempre presente quando a história chega a seu final) e Vishnu, o Equilibrador (a serviço do Dharma). Quando o caos ameaça a humanidade, Vishnu toma a forma humana para recompor a ordem. Segundo o Mahabharata, Vishnu veio ao mundo como Krishna, no alvorecer da civilização indiana. Para seus contemporâneos, Mohandas Gandhi, que repudiava ser chamado assim, constituía a mais recente encarnação da divindade, portanto era chamado de Grande Alma - Mahatma. Devotou a sua vida à causa da Independência da Índia e a encaminhou política e religiosamente em perfeita harmonia com a Tradição de seu povo, daí o estrondoso sucesso obtido."

Extraido do site Cultura Brasileira

*Sobre Gandhi leia mais em: Wikipedia - iG

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16 janeiro 2007

Revirando Arquivos - 2

Durante o 33o. Festival de Arte de São Cristovão (FASC) / SE, entre atrações musicais locais, nacionais, peças de teatro, apresentação de grupos folclóricos, cinema na rua, instalações de artistas plásticos em praça pública, olhando com cuidado a programação encontrei : "oficina de pífano - à partir das 14horas, na escola municipal ...."
'Eita! Será que dá pra sair de lá com o bico afiado?' - pensava eu, expeculando que se tratava de um mini-curso pra tocar pífano.

Mas o instrumento até então conhecido em sonoridade e plasticidade me foi apresentado nos quesitos feitura e influência da música sobre a história de um povo.
Jéssica e Ninho, os oficineiros, vinham direto de Piaçabuça, munícipio alagoana localizado na foz do São Francisco. Fazem parte do Ponto de Cultura Olha o Chico. Todos que chegavam à sala de aula eram recebidos sem cerimônias nem muito conversê e apresentados aos instrumentos de trabalho. Nada de partituras, diapazan, ou congêneres. Estavam lá um tubo de PVC, furadeira, serra de aço, lixa, e um cabo de vassoura, além do pífano de Jéssica, que servia de molde para os demais.

Enquanto colocávamos as mãos à obra conversavamos sobre Piaçabuçu, como tinham começado a tocar, com quem aprenderam a fazer os instrumentos, como se organizavam no Ponto de Cultura. E fui percebendo que aquela cidade tem algo especial, como se a música fosse algo entranhado na alma desse povo. Falavam do mestre que a eles inspirou - não recordo mais o nome mas um dia ei de conhecer - e da naturalidade com que aprendem a fazer o tocar instrumentos. Durante a conversa foram chegando crianças e mais crianças, todas de Piaçabuçu, com os olhinhos brilhando. Além de querer fazer um pífano pra si traziam cada um instrumento que, entre um e outro furo no PVC, iam tocando...

Depois de corta aqui, mede acolá, põe a rolha de cabo de vassoura, lixa os buracos, afina, aprende a soprar... fomos apresentados a nossa primeira partitura (me falta scanner então mando uma versão em P&B do rascunho encontrado entre papéis) :
Em breve: "receita para pífano"

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15 janeiro 2007

aquecimento global

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O nascedouro da cajuina cristalina ... em Teresina.

por Romero Rocha

"Torquato Neto (escritor-poeta-compositor), amigo de Caetano, falava o tempo todo para ele que adorava Cajuína. Ele se suicidou no dia de seu aniversário, aos 28 anos.
Algum tempo depois Caetano foi convidado pelo pai de Torquato para almoçar em sua casa, em Teresina. Foi lá e pediu para ele uma cajuína, pois, comentou, Torquato só falava disto. Aí tomou uma cajuína e foi deitar na rede.
Quando acordou, o pai de torquato tinha deixado uma rosa para ele em cima da mesa.
Alguns dias depois ele compôs a música."
*sobre Torquato, vida e obra, em: www.torquatoneto.com.br

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14 janeiro 2007

...

por Ceci Guima
(foto e sugestão de texto)

Hora de comer — comer!

Hora de dormir — dormir!

Hora de vadiar — vadiar!

Hora de trabalhar?

— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!

Ascenso Ferreira

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09 janeiro 2007

9 de Frevereiro

Antes das escrevinhaças propriamente ditas gostaria de anunciar aos ainda poucos leitores do Cajuina que pretendo me dedicar mais a produzir algo próprio para publicar aqui ou ao menos, o que julgo mais fácil, discorrer um pouco sobre as sugestões de leitura, ouvidura, dançadura, etc, que antes fazia sem introdutórios.
Às escrevinhaças...



9 de Frevereiro : para se deleitar

Há um mês da data em que oficialmente comemora-se o centenário do frevo apresento aos que não conhecem e relembro aos cativos admiradores os últimos trabalhos de Antônio Carlos Nóbrega entitulado 9 de frevereiro – um trocadilho sonoro da data que já está sendo festejada nessas bandas capibarescas e reúne em dois CDs 31 faixas com frevos de Levino Ferreira, Capiba, Nelson Ferreira, dos irmãos João Vitor e Raul Valença, de compositores outros menos conhecidos pelo público em geral, e do próprio Nóbrega em sua impagável dobradinha com Wilson Freire.

Incólume homenagem ao ritmo que “entra na cabeça, passa pelo corpo e acaba no pé” e nesses cem anos desdobrou-se em facetas diferentes : frevo canção, frevo de bloco, frevo de rua; tendo esse último mais de uma vertente. Mas isso é assunto pra muitas mangas que ainda brotarão por aqui. Por hora nos deleitemos com a obra:

9 de Frevereiro: Ultimo Dia/Mexe com Tudo (Levino Ferreira/Nelson Ferreira) – Sonhei que Estava em Pernambuco (Clovis Macedo) – Folias da Madrugada (Toscano Filho) – A Pisada é Essa (Capiba) – Transcendental (Cláudio Almeida) – Dedé (Nelson Ferreira) – Chuva Morna (Heraldo Monte) – Cocorocó (irmãos Valença) – Quinho (Duda) – Ingratidão (José Menezes/Neuza Rodrigues)– Capenga (Antonio Fabrício)/Mordido(Alcides Leão) – Garrincha (Nóbrega / Wilson Freire)– Isquenta Muié (Nelson Ferreira)– Vão Me Levando (Dosinho/Genival Macedo)– Relembrando O Passado (João Santiago)

9 de Frevereiro [vol 2] : Fervo (Nóbrega/Wilson) – Clovinho do Frevo (Nóbrega/Wilson) – Festim (Nóbrega/Wilson)– Galo de Ouro (José Menezes) – Segura no Meu Braço (Nóbrega/Wilson) – Brincando com Clarineta (Nóbrega/Wilson) – Por Quem os Blocos Cantam (Getúlio Cavalcanti) – Pra Vocês FoliõesAvenida Brasil (Nóbrega/Wilson)– Tirando a Casaca (Nóbrega)– Saudosos Foliões/Alegre Bando (Edgar Morais) – Canhão 75 (Faustino Galvão)– Duas Épocas (Duda)– Florilégio (pout-pourri)– Corisco (Lorival Oliveira) – Melodia Sentimental (Heitor Villa-Lobos/Dora Vasconcelos)

Um pouco sobre Nóbrega...

Para mim esse pernambucano é o protótipo de felicidade. Aos 54 anos, dotado de tamanha energia, vitalidade, equilíbrio, remelexo, espontaneidade e criatividade que me faz desacreditar em fórmulas da juventude e crer em maneiras próprias de bem viver.

Em suas obras, sempre construídas coletivamente – seja revisitando mestres imortais, criando com Wilson Freire ou com sua companheira Rosane, seja no Brincantes, seja em andanças pelo mundo Brasil – o nobre Nóbrega dá o merecido ar de império às manifestações populares, recria um mundo circense, alimenta nossos sentidos e alma pra beleza do cotidiano em suas acrobacias, melodias e canções que falam de mar, de bichos, de amores, de festejos, de velhos e novos, de brincadeiras, de vida!

Diz incorporar um personagem durante seus espetáculos: “Vendo de fora essa figura, o industrioso Tonheta, ela é um misto de pícaro, bufão, palhaço, arlequim, vagabundo, ou sei lá mais o quê. Sentindo por dentro, Tonheta é uma espécie de colcha de retalhos desses tipos populares que povoam as ruas e praças do meu país, que me tocam profundamente deixando-me num estado de desordem interior cujos contrários dor e alegria se confraternizam misteriosamente”, discorre Nóbrega.
Belo alter-ego !!!

Discografia
1996 - Na Pancada do Ganzá
1997 - Madeira Que Cupim não Roi
1998 - Pernambuco Falando para o Mundo
2000 - O Marco do Meio Dia
2002 - Lunário Perpétuo
2005 – 9 de Frevereiro
2006 – 9 de Frevereiro - Volume 2

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08 janeiro 2007

"sei lá... sei lá... só sei que é preciso paixão"

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03 janeiro 2007

bons frutos

Eita janeiro com cara de junho! Essa chuva de onde vem?
Terá São Pedro esquecido de comprar uma agenda 2007 e começou a reutilizar sua 2006 começando pelo meio? Será a natureza demonstrado sinais de que nós andamos abusando dela? Tomara que seja sinal de bom presságio. Crêem alguns que chuva no nascedouro de algo é sinal de bonança e prosperidade!
O chuvisco pinicando o chão do agreste meridional ao litoral nessa invernia fora de época fez-me lembrar os versos do poeta nordestino com nome de franco-português, Jessier Quirino, os quais conheci na voz de outro nordestino que tem nome de cidade asiática : Xangai.
Nessa volta ao mundo, fico com a terceira acertiva, não esquecendo nem menosprezando a segunda, para desejar a tod@s um 2007... frondoso!!!



"É um nó dado por São Pedro
Desarrochado por São Cosme e Damião
É u'a paixão, é a sensação de um repente
Igual ao quente do miolo do vulcão

Quer ver o bom, é o aguado quando leva açúcar
É ter a cuca açucarada num beijo roubado
É o pecado confessado ao Mestre Sereno
Levar sereno num terreiro bem enluarado
É o pinicado do chuvisco no chão pinicando
Ficar bestando c'um inverno bem arrelampado
É o recado da cabocla um beijo mandando
Tá namorando a cabocla do recado.

Quer ver desejo, é o desejo tando desejando
E a lua olhando este amor na brecha do telhado
É o rodeado do peru peruando a perua
É a canarinha galeguinha cantando o canário
Zé do Rosário bolerando com Dona Isabel
Dona Isabel bolerando com Zé do Rosário
Imaginário de paixão voraz e proibida
Escapulida, proibida pro imaginário

Quer ver cenário é o vermelho da auroridade
É a claridade amarelada do amanhecer
É ver correr o aguaceiro pelo rio abaixo
É ver o cacho de banana amadurecer
Anoitecer vendo o gelo do branco da lua
E a pele nua com a lua a resplandecer
É ver nascer o desejo com a invernia
E a harmonia que o inverno fez nascer"
(O Bolero de Isabel)

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